terça-feira, 25 de agosto de 2009

ORAÇÃO PARA UMA VELHINHA LEGAL

Ó Senhor, tu sabes melhor do que eu
que estou envelhecendo a cada dia.

Sendo assim, Senhor,
livra-me da tolice de achar que devo dizer algo,
em toda e qualquer ocasião.

Livra-me, também, Senhor, deste desejo enorme que tenho
de querer pôr em ordem a vida dos outros.

Ensina-me a pensar nos outros e ajudá-los,
sem jamais me impor sobre eles,
mesmo considerando com modéstia a sabedoria que acumulei
e que penso ser uma lástima não passar adiante.

Tu sabes, Senhor, que desejo preservar alguns amigos
e uma boa relação com os filhos,
e que só se preserva os amigos e os filhos...
quando não há intromissão na vida deles.

Livra-me, também, Senhor,
da tolice de querer contar tudo com detalhes e minúcias (ataia, ataia....!)
e dá-me asas para voar diretamente ao ponto que interessa.

Não me permita falar mal de alguém.
Ensina-me a fazer silêncio sobre minhas dores e doenças.
Elas estão aumentando e, com isso,
a vontade de descrevê-las vai crescendo a cada ano que passa.

Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria
a descrição das doenças alheias;
seria pedir muito..
Mas, ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com paciência.

Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber
que posso estar errada em algumas ocasiões.
Já descobri que pessoas que acertam sempre
são maçantes e desagradáveis.

Mas, sobretudo, Senhor,
nesta prece de envelhecimento, peço:
Mantenha-me a mais amável possível.
Livrai-me de ser santa.
É difícil conviver com santos !

Mas uma velha rabugenta, Senhor, é obra prima do diabo!
Me poupe!!!
Amém!

A BAGAGEM

Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão... À medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, coisas que você pensa que são importantes...
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas, pesa demais... Então você pode escolher: ficar sentado a beira do caminho, esperando que alguém o ajude - o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem... Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem... Ou pode aliviar o peso e esvaziar a mala.
Mas, o que tirar? Você começa tirando tudo para fora... Veja o que tem dentro: Amor, Amizade... Nossa! Tem bastante... curioso, não pesa nada... Tem algo pesado... você faz força para tirar... era a Raiva - como ela pesa! Aí você começa a tirar, tirar e aparecem a Incompreensão, o Medo, o Pessimismo...
Nesse momento, o Desânimo quase te puxa pra dentro da mala... Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo aparece um Sorriso, sufocado no fundo da sua bagagem... Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade...
Então você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira para fora a Tristeza...
Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante...

Procure então o resto, a Força, Esperança, Coragem, Entusiasmo, Equilíbrio, Responsabilidade, Tolerância e o Bom e Velho Humor.
Tire a Preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com ela...
Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem o que vai colocar lá dentro de novo, hein?
Agora é com você. E não se esqueça de fazer isso mais vezes, pois o caminho é longo... muito longo...
Lembre-se disso sempre...

(autor desconhecido)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SORTE OU AZAR...

Era uma vez um menino pobre que morava na China e estava sentado na calçada do lado de fora da sua casa. O que ele mais desejava era ter um cavalo, mas não tinha dinheiro. Justamente neste dia passou em sua rua uma cavalaria, que levava um potrinho incapaz de acompanhar o grupo. O dono da cavalaria, sabendo do desejo do menino, perguntou se ele queria o cavalinho. Exultante, o menino aceitou. Um vizinho, tomando conhecimento do ocorrido, disse ao pai do garoto:
"Seu filho é de sorte!"
"Por quê?", perguntou o pai.
"Ora", disse ele, "seu filho queria um cavalo, passa uma cavalaria e ele ganha um potrinho. Não é sorte?"
"Pode ser sorte ou pode ser azar!", comentou o pai.
O menino cuidou do cavalo com todo zelo, mas um dia, já crescido, o animal fugiu. Desta vez, o vizinho diz:
"Seu filho é azarento, hein? Ele ganha um potrinho, cuida dele até a fase adulta, e o potro foge!"
"Pode ser sorte ou azar", repetiu o pai.
O tempo passa e um dia o cavalo volta com uma manada selvagem. O menino, agora um rapaz, consegue cercá-los e fica com todos eles. Observa o vizinho:
"Seu filho é de sorte! Ganha um potrinho, cria, ele foge e volta com um bando de cavalos selvagens."
"Pode ser sorte ou pode ser azar", responde novamente o pai.
Mais tarde, o rapaz estava treinando um dos cavalos, quando cai e quebra a perna. Vem o vizinho:
"Seu filho é de azar! O cavalo foge, volta com uma manada selvagem, o garoto vai treinar um deles e quebra a perna."
"Pode ser sorte ou azar", insiste o pai.
Dias depois, o reino onde moravam declara guerra ao reino vizinho. Todos os jovens são convocados, menos o rapaz que estava com a perna quebrada.
O vizinho:
"Seu filho é de sorte..."